quarta-feira, 23 de junho de 2010

A POESIA DE HILDA HILST

VI


Soergo meu passado e meu futuro
E digo à boca do Tempo que os devore.
E degustando o êxito do Agora
A cada instante me vejo renascendo

E no teu rosto. Túlio, faz-se um Tempo

Imperecível, justo
Igual à hora primeira, nova, hora-menina
Quando se morde o fruto. Faz-se o Presente.
Translúcida me vejo na tua vida
Sem olhar para trás nem para frente:
Indescritível, recortada, fixa.



Hilda Hilst - "Júbilo, memória, noviciado da paixão" - Editora Globo, 2001.

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